Cigarro

E quando o acendo
Uma nuvem nasce
Formando as belas curvas
Do teu corpo…

O cheiro da saudade.
Das tardes passadas
Em união
Onde o beijo não era mais que
Uma recordação.

A meio do ritual,
As memórias acentuam-se
E o teu corpo torna-se
Cada vez mais real.

Inalo-te
A cada segundo que passa,
A sofreguidão cresce,
Como a intensidade
De um clarão de luz.

Começas a desaparecer
No meio do fumo
Chegou a altura.
Começo outro
Ou ficamos por aqui?