As palavras ásperas
Nascidas da sede
Do medo insaciado,
Estão refugiadas
No manto da saudade.
Sento-me no sofá,
Aquecendo-me
Do frio que há muito
Prevalece.
O corpo pede calor,
A alma exige
Uma nova oportunidade,
E eu?
Quem sou eu ao lado
Deles?
As pernas exaustas,
São resguardadas pelo
Cobertor de lã
Vermelho vivo como
Era a paixão
Do nosso amor,
Perdida algures
No trilho da vida,
Nos becos do tempo…