Hoje...

Hoje te direi, que foi um erro abandonar-te. Deixar-te rodeada de dúvidas e entregue aos acasos do destino... Iludir-te com a felicidade eterna foi covarde. Amar-te não te amando foi assustador, foi perturbador, foi cair no infinito, foi um assalto aos calaboços da indignação... Fui consumido pela saudade, pelo amor que nunca viu a luz. Excedi os limites do aceitável. Perdoa-me ter extinto a chama da confissão honesta. Hoje, sem ti, a minha honestidade tornou-se madura e finalmente genuína. No presente, sinto carência de ti... Deixei de pensar, de amar, comecei a detestar. Salva-me desta escrita horrenda, deste pesar feroz. Não quero imaginar a vida sem ti. Quero concretizar a minha alegria. Quero mudar esta personagem, transeunte sem nome, uma figura solitária numa esquina da rua... Quero tornar-me no herói dos teus sonhos.
Desta vez... Quero amar-te, Quero voltar a amar-te...