Por entre o doce som
Da velha sinfonia,
Os meus dedos escorregam
Nas suaves teclas
Da harmonia.
Flutuas em paz,
Segredas-me uma história,
Um sonho,
Um conto.
Reavivas-me a memória,
Da infância oculta.
Tempo perdido
Nas ligeiras ondas
Que encaminham
Estas palavras.
Miseráveis das partituras
Que me atormentam
O ingénuo consciente.
Cada nota, uma praga
Rogada pela castanha madeira
Da melancolia.
Serenata romântica
Nascida de entre
As nuvens da fantasia
Numa sonata
De inverno...