Dançavas...

E ela passa com a sombra no olhar. Baila perante as ruelas... Sonho disperso. Sentimentos magoados. Só queres dançar... dançar... Poisei meu olhar em ti. Chorei com o mundo perdido. Movias meu mundo com teus beijos amargurantes e dolorosos... Renúncia no olhar... Tristeza me consumia não entendendo porque não poderia viver a quimera suave. Dançavas... dançavas... Meus dedos marcavam as janelas frias e sedentas de calor. Vivo de ti, com medos, sem desejos, não quero falhar... A luz esperguiçava-se em cada timido raio de sol. Doentes de paixão... Dançavas... dançavas... E ergueste com um rodopio enigmático! A ânsia fitara a paixão. Meu coração alongara-se, perdendo-se no caminho que te encontrara no asfalto molhado e negro. Distância agonizante. Dispersão de movimentos. Dançavas....dançavas... E o meu chamamento por ti, pairou a noite toda! Desta vez, as teclas sofridas não te acompanham. Então vem... Apodera-te do que tenho para te oferecer. O desejo, a locura que flutua, o amor...