Limites

Quem disse que há limites? São universais? Os teus são os meus? Ao som do meu piano confesso-te que os limites não têm limites. Nunca tiveram e continuarão a não ter! E este amor também... Com o doce olhar de meninice queres penetrar na fronteira do meu olhar, queres assumir a temeridade e gritar ao vento a paixão que nos consome. Queres deleitar-te com o impracticável, o fora-do-comum, a pura loucura, o extâse momêntaneo, a imprudência de dois corpos apaixonados... Viajar e cantar a balada que toca nas cordas esticadas, pular pelas ruas de contentamento em busca do incerto. "E a penso a te." Desamparado no teu corpo, nos teus ombros que se movem a cada som, sincronizas-me perante as notas, sorris-me e continuas a espalhar magia... Mas quem toca então? Ninguém... Agarras-me e tocas-me no coração, e eu entendo que só o bater dele serve como ritmo para esta sinfonia sem limites...