Maestro de mim

Maestro de olhos azuis,
Cabelo riscado,
E barba desleixada,
Deixava-se embalar pela fúria da música
E encanta com os movimentos da batuta.
Casaco negro,
Credível de olhar,
Esgotava os gestos
Em sinfonias melancólicas.
Arrogante e insensível,
Exigia sacrifícios
E justeza
Aos seus interesses.
Interesseiro e convicto
Nada o demovia
De whisky na mão
Calculista no coração…
A plateia aplaudia
Sempre de pé.