Carta a Sophie Rennée

Princesinha

Gostei tanto da nossa tarde a sós. Sei que corria uma brisa fresca, o suficiente para fazer tremer os arbustos das árvores, mas estava ali a Princesinha para me dar calor e afecto e beijos e tudo mais o que quisesse… Confesso-lhe que todo aquele momento fez-me ser feliz (será que é esse o nome?) como nunca. Ali no jardim, que tanto a olhei, consegui escutar verdadeiramente o som da Natureza. Tão suave que era, como a Princesinha. Tão ternas, doces, calmas e belas… Gostaria imenso que este momento se pudesse concretizar mais e mais e mais (e mais…) vezes. Desejaria (e desculpe se estou a ser mal educado ou algo que o valha) que me amasse eternamente como hoje o fez. Não quero basear nem resumir a minha existência a um só momento. Quero aprender, consigo, a ser mais e melhor todas as tardes ali no jardim. Pela minha vontade seria algo (ou alguém!) feliz quando fosse manipulado pelas suas mãos de feiticeira. Parto para ao pé da janela, com vista para o jardim, para lamentar (e muito!) o terrível dia chuvoso que se pôs. Espero então por uma nova oportunidade, abençoada pelos raios do radioso sol.
Do eternamente apaixonado por si,
Bill Stein