Carta a Sophie Rennée II

Sei que lutas por ti, pelos outros mas principalmente por mim. Por mais que queiras jamais serás merecedora da confiança que em ti depositei; não tem sentido. Não tentes mais, por favor, porque sabes que os nossos lábios não se aproximarão mais do que a distância mínima e as nossas mãos apenas se tocarão de raspão. Eu provei-as, no outro dia, sem perceberes e eram quentes como o sol no seu auge. Não te sacrifiques por uma causa (já) perdida, se é que alguma vez chegou a existir. Não passarás de um (possível) amor de adolescência… Não me queiras provar nem sentir os ventos que correm no meu corpo pois certamente que irás te frustrar com ideias falsas e morrer com o frio gélido. Não arrisques iluminar-me o coração pois aqui já não mora mais a luz da inocência…