E ela vinha de mansinho
Com o seu vestido vermelho
E de lábios pintados,
Pronta para dançar e encantar
Nos bosques privados…

Na escuridão da noite,
Abraçada ao seu homem
Pedia aos ventos, perdão pelos loucos
Pensamentos e devaneios pecaminosos
Que o amor obrigava.

Não desejava conhecer-lhe
O seu íntimo e profundo
Apenas desejava-o a seu lado.

Ela jamais esquecera
A troca de olhares
E de carícias infindáveis,
No seu mundo de sonho.

Seus olhos cor de avelã
Ambicionavam amor, romance e loucura
Em todo o corpo
Sedento de fantasias proibidas.

O dançarino experiente
Adorava domá-la com os seus gestos simples,
Repletos de charme e harmonia…
Via nela a sua fonte pessoal
De genialidade e tranquilidade.

Conhecia os limites dela
E quais as fronteiras a pisar
Para manter a chama do amor acesa.
Seduzia-a como uma presa
Esfomeada por alimento…

Era amor.