E estava eu sentado naquele banco de jardim enquanto esperava por si e por mais quem viesse. Dali o mundo era demasiado pequeno para nós; para estas almas solitários e abandonadas. Chegou e beijei carinhosamente o pequeno e firme narizinho que é seu. Abracei-a numa manifestação de amor puro enquanto você me admirava o olhar e a saudade. Lá de cima uma velha mais antiga que o próprio tempo fechava a janela

(vergonha de nós?)

talvez por falta de essência a sua ou pelo excesso da nossa. De fronte estava alguém a falar sozinha sobre algo esquisito. Não percebia bem o que a senhora de cabelo despenteado para ali dizia ainda…

- Pois lá em casa está tudo bem, está tudo muito gordinho.

Mas o que me interessava saber vida daquela maluca? Mas que pobres de espírito estes que se vêem exibir mais os seus devaneios para a rua.

(Estás corada?)

Não os conheço e não estou interessado, apenas quero você. Dá-me licença disso

(Ou não)

ou estarei a incomodá-la com esta questão?