Merda da saudade, das metáforas espalmadas, das saudades e das reflexões profundas e constantes, merda das aflições e das ânsias de querer dizer aquilo o que nunca ninguém disse e fez; posso falhar e o que farei dos remorsos?

Puta da ambição e daquilo que está demasiado distante e não posso tocar, do homem comum e da poesia que não consegue exprimir aquilo que sinto, das transformações e tremores de terra que ocorrem no meu interior, putas das vozes dos meninos que andam nos baloiços e que dão as mãos na rua, que se matam com violência exigindo o amor que ninguém lhes dá, putas das paixões enterradas numa urna perdida num cemitério inconsciente, sem vozes e sem esperança.

De olhos fechados vejo a realidade

(a realidade existe neste mundo de ilusão?)

e solto a loucura que mora em mim.