Não guardei as rosas do jardim junto ao peito, no dia em que a chuva violeta desceu do céu à Terra para te confrontar com o porquê da tua ausência de resposta perante as minhas preces. Perco-me no teu silêncio e desespero com os suspiros que ecoam no mutismo de nós; há muito que não se ouve nada por aqui. Nada sei se será definitivo ou se tudo se resume a uma despedida temporária mas, mais nada me sobra se não ficar à espera que venhas quebrar o sossego e a paz que teima em calar aquilo que se construiu com as nossas mãos e sorrisos espelhados um no outro.