Porque há ruas assim, grandes demais senão infinitas na sua largura… Demasiado infinitas quem saiba, amplas e espaçosas transformadas em avenidas escuras, sombrias e frias, repleta de vultos negros e cinzentos num mundo de criações e ilusões, transformista de fantasias e magia

(onde me posso esconder?)

olhem para mim e não tenham aversão apenas por gostar de recordar os momentos mais felizes que tivemos, gritar bem alto que te amei, beijei e abracei até

(merda, lembrei-me do teu nome, do meu passado…)

juntos fomos sofrendo e amando no silêncio dos beijos, dos trompetes que invadiam os boleros das gotas da chuva, nas lágrimas das viúvas que passei pela areia da praia em busca da onda perfeita e mergulharem na própria solidão.