E o inconsciente apodera-se
Da louca noite silenciosa
Onde eu oiço os passos
Na madeira que range.
Choro de criança
E vozes ecoam
Por entre as paredes
Esburacadas
Onde me refugio.
Escondo-me das
Sensações de instabilidade.
Caio
Na pequena cama
E o rebuliço continua
Ficando o meu olhar
Cravado na escuridão.
Desejos meus
Esvanecem e dão lugar
Ao desconforto
Na cama fria
Onde o teu corpo,
Que à muito
Perdeu o lugar.
Haverá vida por aqui?
Vida harmoniosa…
São orgasmos de loucura
De raiva e
De gritos rancorosos…