Bebo os cafés amargos que elas me fizeram depois das noites loucas de amor. Espalharam rosas, perfume e memórias nos meus lençóis para jamais as esquecer e assim amedrontarem-me na escuridão. Sonhos frios de Inverno, encobertos pelo denso nevoeiro dos teus olhos e das pegadas que deste passo-a-passo descalça na madeira. Não me esqueças nesses bosques e vales que percorres até alcançares o cume e não mais me avistares. Aperta-me a mão e adoça a alma desesperada. Beija os lábios sôfregos, lá na planície em que nos conhecemos e admirámos o horizonte interminável. Não galgues mais os ínfimos quilómetros de confidências e de segredos obscuros… Eu continuo-o a acreditar que esta história possa ter mais um capítulo antes do grande final.