Eles sempre puderam dizer o que lhes ia na alma. Quando queriam chocavam os outros com as maiores barbaridades ou então eram capazes de amansar a maior fera com as suas feridas e palavras doces. Sempre que queria gritavam, berravam e choravam para o mundo ter pena deles. Missão cumprida! São esses que se olham ao espelho e não vêem o seu reflexo nem risos… Bem se procuram no reflectido mas não se tocam, desesperam e o tempo passou. Querem ser eu? Jamais! Afastem-se daquele que vos alimenta a alma vazia e esfomeada por olhares e beijos de quem já cá não mora. Podeis dizer que são meus, que vos criei e mostrei o mundo… Enganam-se! Nunca vos quis ter e criar muito menos. Deixo-vos vaguear por mim sem permissão; vagabundos de mi e dos cosmos. Encontrem e conquistem a vossa musa, só assim se poderão tocar em vós…