Se não contemplar a lua cheia jamais encontrarei o caminho até casa, se não me subjugar à luz ardente e brilhante que o astro mais belo nas profundezas da escuridão emite, nunca serei capaz de voltar a encontrar vidas partilhadas num fôlego do que se construiu e não tardou a desmoronar, construídos na areia da praia e levados pela onda mais temível dos mares, sonhados e moldados numa noite de Verão onde o desejo e a paixão brotavam nas veias desgastas e cansadas, nas palmas suadas e ardentes do toque comum, famintas de se olharem e desesperadas de se alcançarem no vazio do seu alento, Corro no passeio, em busca de ti e de algo que à muito já não sinto,
(Saudades de ti!)
e que já se perdeu num virar de página da vida. Faleço a cada segundo, não deixo de pensar naquela que mais amei e idolatrei. Tenho medo de partir, fechar os olhos e assim permanecer infinitamente sem ti…